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Queda nas consultas odontológicas na pandemia pode agravar doenças como o câncer de boca

Procura na pandemia chegou a cair até 89%. A falta de atenção à saúde, junto com fatores psicológicos podem gerar sérios problemas que seriam resolvidos com a prevenção.





A pandemia da Covid-19 já dura há mais de um ano e naturalmente, as pessoas passaram a procurar menos os atendimentos de saúde, por medo da contaminação. Mesmo com os profissionais da odontologia seguindo rigorosamente os protocolos de segurança, a queda foi de até 89% segundo uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas - RS. Isso acende um alerta para os riscos de doenças graves surgirem por não haver um acompanhamento do paciente, como por exemplo o Câncer de boca, que possui vários fatores de agravamento.


Um deles é o tabagismo. Devido à grande ansiedade que o momento traz, há pessoas que recorrem ao cigarro como uma forma de relaxamento, o problema é que em excesso, ele pode desencadear o Câncer. Quem fuma cigarro ou utiliza outros produtos derivados do tabaco, como o de palha, de Bali, de cravo ou kreteks, fumo de rolo, tabaco mascado, charutos, cachimbos e narguilé, entre outros, têm risco muito maior de desenvolver câncer de boca e de faringe do que não fumantes. Quanto maior o número de cigarros fumados, maior o risco da doença.


Um estudo da Fiocruz constatou que cerca de 33% dos fumantes brasileiros (que representam 12% da população total do país) aumentaram o uso de cigarros durante a pandemia. Enquanto isso, 12% relataram fumar menos e 54% seguem fumando a mesma quantidade. A alta foi maior entre mulheres e indivíduos com ensino médio incompleto. O sentimento de isolamento, tristeza, depressão, ansiedade, medo, pior qualidade de sono e perda de rendimentos foram algumas das justificativas para o acréscimo na quantidade de cigarros consumidos.


É imprescindível estar atento ao surgimento de qualquer sinal de alerta. Diante de alguma lesão que não cicatrize em um prazo máximo de 15 dias, deve-se procurar um Dentista para a realização do exame completo da boca. Aproveite as consultas de rotina para tirar dúvidas e, principalmente, relatar qualquer sinal ou sintoma diferente. Pessoas com maior risco para desenvolver câncer de boca (fumantes e consumidores frequentes de bebidas alcoólicas) devem ter cuidado redobrado e fazer visitas periódicas ao Dentista.


O tratamento na grande maioria das vezes é cirúrgico, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores. O Cirurgião de Cabeça e Pescoço é o profissional que vai avaliar o estágio da doença. Essa avaliação, associada a exames complementares, determinará o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia são indicadas quando a cirurgia não é possível ou quando o tratamento cirúrgico traria sequelas funcionais importantes e complicadas para a reabilitação funcional e a qualidade de vida do paciente.

A cirurgia normalmente consiste na retirada da área afetada pelo tumor associada à remoção dos linfonodos do pescoço e algum tipo de reconstrução quando necessário. Nas lesões mais simples, muitas vezes é necessário apenas a retirada da lesão. Nos casos mais complexos, além do tratamento cirúrgico, é necessária a realização de radioterapia para complementar o tratamento e obter um melhor resultado curativo. Em todas as etapas do tratamento é importante o aspecto interdisciplinar (com a participação de vários profissionais de saúde) visando prevenir complicações e sequelas.


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