Bruxismo: o estresse impactando na sua boca
O Bruxismo é uma disfunção provocada pelo estresse e principalmente, em tempos tão difíceis, é importante dar atenção se você já teve estes sintomas. Saiba mais abaixo:
O termo “bruxismo” refere-se ao hábito de pressionar e/ou ranger os dentes. Isso pode ocorrer em crianças e adultos ao longo da vida. Pode ser que o ranger seja tão forte que são produzidos sons durante o sono. A causa pode vir de várias formas, sendo uma muito comum, o estresse.
O estresse pode ter sua origem em fatores internos e externos. Os internos podem ser alimentos que você consome, seu nível de preparo físico, sua estabilidade emocional, estado de saúde geral e o número de horas que você dorme todas as noites. Já os externos estão relacionados com o ambiente em que você vive e a sua interação pessoal.
Os principais sintomas do bruxismo são:
● Desgaste do esmalte dentário e até mesmo da dentina;
● Quebra dos dentes e das próteses;
● Sensibilidade dentinária;
● Dor e mobilidade dos dentes;
● Dor facial devido à força com que os músculos maxilares são pressionados;
● Dor de cabeça;
● Fadiga facial geral;
● Dor na Articulação Temporomandibular (ATM)
Quanto ao bruxismo, o Dr. Mateus Garcia alerta que há diferença entre ranger e apertar os dentes.
"É necessário realizar uma avaliação junto com um questionário sobre os hábitos de vida do paciente. O bruxismo pode vir junto ou não do apertamento dos dentes, que é apertar involuntariamente as duas arcadas dentárias como um hábito."
Após o diagnóstico, podem ser feitas placas de mordida miorrelaxante. É importante instruir o paciente a ter um hábito noturno mais saudável, como não assistir televisão na cama antes de dormir, deixar o celular uma hora antes de deitar, inclusive deixando o visor virado para baixo, para que a claridade de possíveis mensagens e ligações não interfira no sono profundo. Se o paciente masca chicletes constantemente e tem o hábito de morder as unhas, ele deve ser instruído a parar.
Alguns medicamentos, principalmente antidepressivos, causam uma contração involuntária dos músculos da mastigação, que pode ser acordado ou enquanto dorme. Se o caso estiver muito severo, vale a pena uma conversa com o médico desse paciente e tentar uma possível troca.
O Botox terapêutico é a aplicação da toxina botulínica nos músculos responsáveis pelo fechamento da boca, para diminuir sua força. Dessa forma o paciente ainda consegue mastigar, conversar e movimentar normalmente a boca, porém terá menos força no apertamento dos dentes.
O acompanhamento psicológico também pode auxiliar. De acordo com a psicóloga de serviço hospitalar do hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, Aline Júlia de Sousa Costa, essa disfunção pode ocorrer devido a diversos fatores, entre eles os aspectos emocionais e psicológicos, como ansiedade, nervosismo, stress, fadiga e exaustão do dia a dia. Sendo considerados como as principais causas do bruxismo, pode-se incluir momentos de raiva, frustração, dificuldades, atenção e momentos de crise, muitas pessoas tendem a comportamentos involuntários de ranger os dentes.
Tendo quadro apresentado, é necessário uma avaliação com os profissionais especializados para identificar a causa do bruxismo, as formas de tratamento, prevenção e formas mais adequadas para trabalhar cada caso. Quando relacionados aos aspectos emocionais, é necessário suporte psicológico e orientação do profissional da psicologia buscando formas de minimizar, ou seja, reduzindo de maneira efetiva os sintomas apresentados.
Se estiverem relacionados ao emocional, é importante ressaltar que o tratamento para bruxismo é fundamental para proporcionar uma melhor qualidade de vida e bem estar para quem sofre com esse problema.
Como é feito na minha clínica?
"Hoje, em tempos de pandemia, as pessoas estão mais ansiosas e estressadas, por isso, o bruxismo tem se tornado outra pandemia. Eu, Mateus, tenho indicado bastante o uso das placas de mordida de acetato para proteger os dentes de desgastes e fraturas. E também o uso da toxina botulínica tem me ajudado muito no controle dessa disfunção que não tem cura. A conversa com os pacientes sobre hábitos mais saudáveis também surtem bastante efeito. A pessoa precisa entender que na grande maioria dos casos o fator emocional pesa muito, tornando necessário o cuidado conjunto dos dentes e da mente."
Acompanhe mais nas redes sociais, salve, compartilhe com os amigos:
Instagram: @dr.mgarcia
Mateus Carvalho Garcia
Comments